A empresa TNC (Transportadora Nacional de Camionagem), em processo de insolvência, foi liquidada depois de o plano de viabilização apresentado pelos trabalhadores ter sido recusado pela maioria dos credores, incluindo o que votou por escrito após a assembleia de 5 de Dezembro.

Na decisão do Tribunal do Comércio de Lisboa, dada no final de 2011, a juíza sustenta a liquidação da empresa com o facto de o plano de viabilização «não ter recolhido mais de dois terços da totalidade dos votos na assembleia de credores», obrigatórios para que fossem aprovados.

«Iremos fazer tudo para que os trabalhadores (125) vejam garantidos os seus direitos, sendo que a única alternativa que lhes deixaram foi a indemnização e o desemprego», garantiu, no dia 28, Anabela Carvalheira, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP). Para a dirigente sindical este desfecho deve-se «à inoperância da Justiça durante todo o processo» e ao Governo que «nada fez para impedir» o encerramento da TNC.

Também em declarações à Lusa, José Martins, presidente da Comissão de Trabalhadores da TNC, informou que os trabalhadores vão exigir tudo o que está em dívida. «Não vamos perdoar nem um cêntimo dos créditos dos trabalhadores que rondam os 7,5 milhões de euros, já reconhecidos pelo tribunal», sublinhou.